Com inflação e câmbio em queda, e Selic estável, especialistas da Macke Consultoria veem janela de oportunidade para empresas que buscam crédito para P&D e modernização.

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As projeções mais recentes do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central em 20 de outubro de 2025, trazem um cenário de maior previsibilidade para a economia brasileira, com a quarta queda consecutiva nas estimativas de inflação e do câmbio para o final do ano. Esse ambiente, combinado com a estabilidade na projeção da taxa Selic, cria um momento estratégico para empresas que planejam investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), especialmente através de linhas de crédito fomentado.
O relatório aponta para uma inflação (IPCA) de 4,70% em 2025, uma leve melhora em relação aos 4,72% da semana anterior. A previsão para o dólar também foi ajustada para baixo, fixando-se em R$ 5,45. Enquanto isso, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) teve uma ligeira alta, para 2,17%, e a taxa Selic manteve-se estável em 15% ao ano pela 17ª semana consecutiva. Para especialistas, a combinação desses fatores, embora desafiadora, abre uma janela de oportunidade para o setor produtivo.
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Oportunidades em um Cenário de Juros Altos
Embora uma taxa Selic de 15% represente um custo de capital elevado para o mercado em geral, ela reforça a atratividade das linhas de fomento oferecidas por agências como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esses financiamentos, frequentemente indexados à Taxa Referencial (TR), apresentam um custo significativamente inferior ao dos juros de mercado.
De acordo com André Maieski, sócio da Macke Consultoria, “a estabilidade da Selic em um patamar elevado, somada à inflação mais controlada, aumenta o diferencial competitivo do crédito fomentado. As empresas que conseguem estruturar bons projetos e acessar esses recursos garantem uma vantagem estratégica imensa, financiando a inovação com um custo que o mercado convencional não consegue oferecer”.
| Indicador | Projeção para 2025 | Tendência | Observação |
| IPCA | 4,70% | Queda | 4ª revisão consecutiva para baixo |
| PIB | 2,17% | Alta | Leve aumento em relação à projeção anterior |
| Câmbio (Dólar) | R$ 5,45 | Queda | 4ª revisão consecutiva para baixo |
| Taxa Selic | 15,00% | Estabilidade | Mantida pela 17ª semana consecutiva |
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Planejamento e Competitividade
Um ambiente de inflação e câmbio mais previsíveis, como o sinalizado pelo Boletim Focus, é fundamental para projetos de inovação, que são investimentos de longo prazo. A estabilidade cambial, por exemplo, reduz os riscos na importação de máquinas, equipamentos e insumos tecnológicos. Já a inflação sob controle permite um planejamento financeiro mais preciso e protege o poder de compra dos aportes investidos.
Brendo Ribas, também sócio da Macke Consultoria, destaca o aspecto financeiro da decisão. “O planejamento é a chave. Com a TR em níveis baixos, o custo real de um financiamento via Finep ou BNDES se torna muito vantajoso. Nosso trabalho é exatamente este: ajudar as empresas a navegar neste cenário, estruturando projetos que não apenas sejam aprovados, mas que otimizem a estrutura de capital e maximizem o retorno sobre o investimento, transformando o cenário macroeconômico em um catalisador de crescimento.”
Essa visão é complementada por Rosana Nishi, sócia da consultoria, que vê um alinhamento direto com as políticas de desenvolvimento do país. “Projetos em áreas como eficiência energética, bioeconomia e transformação digital, que estão no centro da Nova Indústria Brasil, ganham ainda mais tração. O cenário atual, interpretado corretamente, é um convite para que as empresas tirem esses planos do papel e se posicionem na vanguarda de seus setores”, afirma.
Para a Macke Consultoria, que em 2024 movimentou mais de R$ 2 bilhões em recursos para inovação, o momento reforça a importância de uma assessoria especializada. “As oportunidades estão aí, mas o acesso a elas exige conhecimento técnico e estratégico. Acreditamos que 2025 será um ano decisivo para as empresas que souberem aproveitar este ambiente para investir em competitividade e sustentabilidade”, conclui Maieski.