O papel da educação e da formação técnica no avanço tecnológico do país

Em um cenário de retomada da indústria, impulsionado por políticas como a Nova Indústria Brasil, a competitividade do país está diretamente ligada à sua capacidade de inovar. No entanto, o avanço tecnológico não se sustenta apenas com investimentos em máquinas e softwares; ele é construído sobre uma base de capital humano qualificado. A educação e a formação técnica emergem, assim, como pilares estratégicos para transformar o potencial do Brasil em realidade, gerando um ciclo virtuoso de crescimento econômico e desenvolvimento social.

O Impacto Mensurável da Educação Profissional no PIB

A Educação Profissional e Tecnológica (EPT) não é apenas uma política de inclusão para jovens, mas uma alavanca para o crescimento do país. Um estudo recente do Itaú Educação e Trabalho, divulgado em 2023, projeta que, se o acesso à EPT triplicar, alinhando-se à meta do Plano Nacional de Educação (PNE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro pode registrar um aumento de até 2,32%. Esse crescimento é resultado direto da maior empregabilidade e do aumento de renda dos profissionais com formação técnica, que se tornam mais produtivos e preparados para os desafios da nova economia.

A Conexão entre Formação Técnica e Inovação Empresarial

Para as empresas, investir em inovação por meio de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é um caminho sem volta. No entanto, a execução de projetos de P&D depende de equipes com conhecimento especializado. A formação técnica de qualidade acelera o desenvolvimento de novos produtos, otimiza processos e aumenta a competitividade. Empresas que investem na capacitação de seus colaboradores ou que contratam profissionais com formação técnica robusta conseguem transformar ideias em soluções concretas com mais agilidade e eficiência.

“Observamos uma evolução na retenção de capital intelectual estratégico, como mestres e doutores, desde que as políticas de neoindustrialização ganharam força. As empresas estão percebendo que, para inovar, precisam de pessoas capacitadas”, avalia Angelita Nepel, sócia da Macke Consultoria.

Incentivos Fiscais como Ferramenta para Capacitação

O governo brasileiro oferece mecanismos para que as empresas invistam em P&D, e isso inclui a formação de equipes. A Lei do Bem (Lei nº 11.196/05), principal instrumento de estímulo à inovação, permite que empresas deduzam do imposto de renda despesas com capacitação de recursos humanos envolvidos em atividades de P&D. Isso significa que, ao investir na qualificação de sua equipe, a empresa não apenas melhora sua capacidade de inovação, mas também obtém um benefício fiscal direto, reduzindo o custo do investimento.

Como a Macke Consultoria Pode Ajudar

Navegar pelo ecossistema de incentivos fiscais e financiamentos para inovação exige conhecimento técnico e experiência. A Macke Consultoria, com mais de 16 anos de atuação e R$ 2 bilhões movimentados em 2024, auxilia empresas a estruturarem projetos de P&D robustos, que podem incluir investimentos na capacitação de suas equipes.

“Nosso papel é ser a ponte entre as empresas e as oportunidades de fomento. Estruturamos projetos alinhados às exigências de órgãos como a Finep e o BNDES, e auxiliamos na utilização de benefícios como a Lei do Bem, maximizando o retorno sobre o investimento em inovação”, afirma André Maieski, sócio da Macke Consultoria.

Investir em educação e formação técnica não é apenas uma responsabilidade social, mas uma decisão estratégica. Em um mundo onde a tecnologia avança exponencialmente, o verdadeiro diferencial competitivo de uma nação e de suas empresas reside na inteligência e na capacidade de suas pessoas.

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