Em um cenário econômico desafiador, com a taxa Selic mantida em 15% ao ano em outubro de 2025 — um dos patamares mais elevados das últimas duas décadas —, as empresas brasileiras enfrentam um dilema crucial: como continuar investindo em inovação quando o custo do capital está tão alto? A decisão de adiar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) pode parecer prudente no curto prazo, mas no longo prazo, ela compromete a competitividade e a própria sobrevivência do negócio.

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A relação entre taxas de juros e investimento em inovação é direta e inversamente proporcional. Juros elevados aumentam o custo de oportunidade do capital, tornando aplicações financeiras de baixo risco mais atraentes do que projetos de P&D, que são caracterizados por retornos de longo prazo e maior incerteza. Esse fenômeno não é apenas teórico; ele tem um impacto profundo na capacidade de um país inovar, como aponta um estudo da Unicamp, que historicamente correlaciona a baixa propensão das empresas brasileiras a investir em P&D com a sustentação de taxas de juros elevadas.
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O custo do capital: O principal inibidor da inovação
Quando uma empresa avalia um novo projeto de inovação, ela compara o retorno esperado com o custo do capital necessário para financiá-lo. Com uma taxa Selic de 15%, o custo de um empréstimo bancário tradicional pode facilmente ultrapassar 20% ao ano. Diante desses números, apenas projetos com potencial de retorno altíssimo e de curto prazo se tornam viáveis, excluindo grande parte das inovações disruptivas e incrementais que formam a base do desenvolvimento sustentável.
Essa realidade cria uma barreira competitiva significativa. Enquanto empresas em países com juros baixos (como os EUA, com taxas em torno de 4%) conseguem financiar a inovação a um custo acessível, as companhias brasileiras precisam lutar contra um custo de capital que desencoraja o investimento em tecnologia e modernização.
| Fonte de Crédito | Taxa de Juros Anual (Estimada) | Viabilidade para Inovação |
| Mercado Tradicional | Selic (15%) + Spread Bancário (5-10%) = 20-25% a.a. | Baixa: Inviável para a maioria dos projetos de P&D de longo prazo. |
| FINEP / BNDES | TR (~2%) + Spread do Agente (2-4%) = 4-6% a.a. | Alta: Torna os projetos de inovação financeiramente viáveis e competitivos. |
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A alternativa estratégica: O papel do crédito fomentado
É exatamente neste cenário de juros altos que os mecanismos de fomento à inovação, como os financiamentos da FINEP e do BNDES, se tornam não apenas uma alternativa, mas uma necessidade estratégica. Essas instituições oferecem linhas de crédito com condições drasticamente mais favoráveis do que as do mercado, utilizando a Taxa Referencial (TR) como base e adicionando spreads reduzidos.
A diferença é gritante. Enquanto o mercado cobra taxas que podem inviabilizar um projeto, o crédito fomentado oferece um custo de capital que permite às empresas investir em P&D com segurança financeira e planejamento de longo prazo. Essa vantagem competitiva pode ser a diferença entre liderar um setor ou se tornar obsoleto.
“Em um ambiente de Selic a 15%, a discussão sobre inovação precisa começar pela estratégia de capital. Depender do crédito bancário tradicional para financiar P&D é, na prática, desistir de inovar. A expertise em navegar no ecossistema de fomento, acessando linhas da FINEP e do BNDES, deixa de ser um diferencial para se tornar uma competência central para qualquer empresa que queira se manter competitiva.” – André Maieski, Sócio da Macke Consultoria.
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Maximizando a vantagem competitiva com a estrutura certa
O acesso ao crédito fomentado é o primeiro passo. O segundo é otimizar ainda mais a estrutura financeira do projeto através de incentivos como a Lei do Bem, que permite a dedução de despesas com P&D da base de cálculo de impostos, reduzindo o custo efetivo do investimento em até 34%.
Navegar por esse ecossistema complexo exige conhecimento técnico e experiência. Com um histórico de R$ 2 bilhões movimentados para projetos de inovação em 2024, a Macke Consultoria possui a expertise necessária para estruturar a operação de financiamento ideal para sua empresa, combinando as melhores linhas de crédito com os incentivos fiscais mais vantajosos.