Em um cenário global onde a sustentabilidade deixou de ser uma tendência para se tornar um imperativo de negócios, a integração das práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) com a estratégia de inovação tornou-se crucial para a perenidade das empresas. No Brasil, um dos principais instrumentos para fomentar essa sinergia é a Lei nº 11.196/05, conhecida como Lei do Bem. Embora tradicionalmente vista como um benefício fiscal para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), seu potencial como ferramenta estratégica para impulsionar a agenda ESG ainda é subutilizado.

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A inovação orientada à sustentabilidade, que visa desenvolver produtos e processos que promovam crescimento econômico enquanto reduzem o impacto socioambiental, é o caminho para o futuro. Empresas que ignoram essa realidade arriscam perder relevância, competitividade e acesso a novos mercados e capitais. Nesse contexto, compreender como a Lei do Bem pode financiar projetos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU é um diferencial competitivo fundamental.
A Conexão Estratégica entre Lei do Bem e ESG
A Lei do Bem permite que empresas tributadas pelo regime de Lucro Real deduzam despesas com inovação tecnológica do Imposto de Renda e da CSLL. O que muitas organizações ainda não exploraram em profundidade é que projetos voltados para eficiência energética, economia circular, redução de emissões de carbono e desenvolvimento de novos materiais sustentáveis são plenamente elegíveis. Isso significa que o investimento em sustentabilidade pode gerar, além de impacto positivo, um retorno fiscal significativo.
Essa conexão transforma o investimento em P&D de um centro de custo em um vetor de valor estratégico. A Lei do Bem pode e deve ser utilizada para financiar a transição para uma economia de baixo carbono, o desenvolvimento de soluções para desafios sociais e o fortalecimento da governança corporativa. Ao fazer isso, as empresas não apenas cumprem suas metas de sustentabilidade, mas também fortalecem sua capacidade de inovar.
“A Lei do Bem é uma ponte poderosa entre a agenda de inovação e a de sustentabilidade. Muitas empresas já desenvolvem projetos com grande potencial de impacto ESG, mas não os enquadram na lei por desconhecerem essa possibilidade. Nosso papel na Macke Consultoria é justamente identificar essas oportunidades e conectar as estratégias, garantindo que o investimento em P&D sustentável seja também um investimento inteligente do ponto de vista fiscal e de negócio”, afirma André Maieski, sócio da Macke Consultoria.
Da Atuação Isolada à Integração Estratégica
A jornada para integrar P&D e ESG geralmente passa por três estágios de maturidade:
- Atuação Isolada: As áreas de inovação e sustentabilidade trabalham de forma independente. A Lei do Bem é vista apenas como um benefício fiscal, e os relatórios de sustentabilidade são elaborados sem conexão com os projetos de P&D.
- Colaboração Inicial: As equipes começam a colaborar em projetos pontuais. A Lei do Bem passa a ser vista como um vetor para financiar iniciativas sustentáveis, e as informações técnicas dos projetos de P&D começam a alimentar os relatórios de sustentabilidade (GRI, IFRS).
- Integração Estratégica: Inovação e sustentabilidade tornam-se forças complementares, com governança compartilhada e metas convergentes. O portfólio de P&D é analisado sob a ótica dos ODS prioritários da empresa, e a Lei do Bem é um instrumento central para alcançar os compromissos da Agenda 2030.
Alcançar a integração estratégica é o objetivo final. Nesse estágio, a empresa otimiza recursos, evita a sobreposição de esforços e maximiza o impacto de seus investimentos. A análise do portfólio de inovação à luz dos ODS permite identificar lacunas e oportunidades, direcionando os recursos de forma mais eficaz e coerente com os compromissos públicos da organização.
“Quando uma empresa alinha seus projetos de P&D com suas metas de sustentabilidade, ela cria um ciclo virtuoso. A inovação gera soluções para os desafios ESG, e a estratégia ESG direciona a inovação para o que realmente importa. Vemos um aumento significativo na retenção de talentos, como mestres e doutores, em empresas que valorizam esse alinhamento, pois os profissionais sentem que seu trabalho tem um propósito maior”, avalia Angelita Nepel, sócia da Macke Consultoria.
O Futuro é Sustentável e Inovador
Em um mundo que demanda ações concretas para os desafios climáticos e sociais, as empresas que souberem utilizar os instrumentos disponíveis, como a Lei do Bem, para impulsionar sua agenda ESG sairão na frente. A integração entre sustentabilidade e inovação não é mais uma opção, mas uma condição essencial para a competitividade e a resiliência dos negócios.
A Macke Consultoria, com 15 anos de experiência e mais de R$ 2 bilhões movimentados para projetos de inovação em 2024, atua como parceira estratégica para empresas que buscam não apenas financiar seus projetos, mas também desenvolver uma visão integrada de futuro. Acreditamos que a inovação é o motor da transformação, e a sustentabilidade é o nosso destino. o nosso destino.