Com o novo ciclo do Inovacred, a Finep, em parceria com agentes financeiros regionais, busca democratizar o acesso a recursos para projetos de inovação em todo o Brasil, fortalecendo a competitividade da indústria nacional e consolidando o compromisso do governo federal com o desenvolvimento científico e tecnológico.
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A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Inovação e Tecnologia, anunciou em outubro de 2025 a liberação de R$ 1 bilhão em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para o programa de crédito descentralizado Inovacred. A partir de 3 de novembro de 2025, empresas de todas as regiões do país poderão submeter seus projetos de inovação para avaliação, com a expectativa de que os contratos sejam firmados até 31 de dezembro de 2025. Esta iniciativa representa um marco fundamental para a democratização do acesso ao fomento, permitindo que mais empresas possam investir em pesquisa, desenvolvimento e modernização de seus processos produtivos.
A Finep tem como missão promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas. Ao longo de sua história, a instituição consolidou-se como um dos principais instrumentos de política industrial do país, atuando tanto com recursos reembolsáveis quanto não reembolsáveis. O FNDCT, principal fonte de recursos da Finep, foi estabelecido para apoiar programas e projetos prioritários de desenvolvimento científico e tecnológico, sendo fundamental para a manutenção da capacidade inovadora do país.
O programa Inovacred é operado por meio de uma rede de aproximadamente 30 agentes financeiros credenciados, que atuam como um elo entre a Finep e as empresas locais. Essa estrutura descentralizada é crucial para alcançar negócios fora dos grandes eixos econômicos, garantindo que o fomento à inovação seja distribuído de forma mais equitativa pelo território nacional. Do montante total de R$ 1 bilhão, ao menos R$ 300 milhões são destinados especificamente para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, reforçando o compromisso do governo federal com o desenvolvimento regional e a redução das desigualdades históricas que marcam o cenário de inovação no Brasil.
Segundo Luiz Antônio Elias, presidente da Finep, “a liberação desses recursos em todo o Brasil é a materialização do compromisso assumido pela Finep e pelo governo federal de conferir robustez e regularidade nos investimentos em ciência tecnologia e inovação no país, com oportunidades tanto nas localidades que concentram mais projetos quanto para o desenvolvimento regional”. Essa declaração reflete uma mudança de paradigma importante: a inovação deixa de ser vista como um fenômeno concentrado em poucos centros e passa a ser tratada como uma estratégia nacional de desenvolvimento.
As condições oferecidas pelo Inovacred são altamente atrativas quando comparadas ao mercado financeiro tradicional. Com taxas de juros a partir de TR + 6,068% ao ano, prazo de até 96 meses para pagamento e carência de 24 meses, o programa permite que empresas invistam em projetos de alto risco tecnológico sem comprometer sua saúde financeira. Além disso, a Finep pode participar com até 100% do valor do projeto, reduzindo significativamente a necessidade de contrapartida por parte das empresas. Os recursos podem ser utilizados para financiar equipamentos, softwares, infraestrutura, mão de obra especializada e serviços técnicos, cobrindo praticamente todas as necessidades de um projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Para André Maieski, sócio da Macke Consultoria, este é um momento estratégico para as empresas que planejam investir em inovação. “A reativação do crédito descentralizado com um volume tão expressivo de recursos é um sinal claro de que o governo aposta na inovação como pilar para o crescimento econômico. As condições favoráveis, aliadas à capilaridade dos agentes financeiros, criam uma janela de oportunidade única para empresas que buscam tirar seus projetos do papel e ganhar competitividade no mercado. Estamos falando de taxas subsidiadas que dificilmente serão encontradas em outras linhas de crédito, especialmente para projetos de inovação que naturalmente carregam maior risco”, avalia.
O acesso a esses recursos, no entanto, exige um planejamento cuidadoso e a estruturação de projetos consistentes que demonstrem claramente seu potencial inovador e seu impacto econômico. Brendo Ribas, também sócio da Macke Consultoria, destaca a importância de uma assessoria especializada para maximizar as chances de aprovação junto aos agentes financeiros. “Navegar pelas exigências dos agentes financeiros e garantir que o projeto de inovação esteja alinhado aos critérios da Finep pode ser um desafio complexo. Uma consultoria experiente atua como um facilitador, traduzindo o potencial técnico do projeto em uma proposta de valor clara e financiável, o que otimiza o tempo e aumenta a assertividade na captação. Além disso, ajudamos as empresas a identificar quais itens são elegíveis, como estruturar o cronograma de desembolso e como preparar a documentação técnica e financeira necessária”, afirma.
A Macke Consultoria, com 15 anos de experiência no mercado e tendo movimentado R$ 2 bilhões em captação de recursos em 2024, tem atuado como uma ponte estratégica entre empresas de diversos setores e os instrumentos de fomento à inovação. A consultoria desenvolve operações diretas com BNDES e Finep, auxiliando desde a concepção do projeto até a contratação e acompanhamento da execução, garantindo que os recursos sejam aplicados de forma eficiente e que os resultados esperados sejam alcançados.
Com esta nova fase do Inovacred, a Finep e o governo federal reafirmam seu compromisso com o avanço tecnológico e a inovação em todo o Brasil. Para as empresas, o momento é de ação: estruturar projetos robustos, buscar orientação qualificada e aproveitar os recursos disponíveis para transformar ideias inovadoras em realidade, gerando valor não apenas para seus negócios, mas para toda a economia do país. A combinação de recursos abundantes, condições favoráveis e uma rede capilarizada de agentes financeiros cria um cenário propício para que o Brasil dê um salto qualitativo em sua capacidade de inovar e competir globalmente.