Empresas que investem em experiência do usuário (UX) e design centrado no ser humano não apenas criam produtos mais competitivos, mas também acessam novas oportunidades de fomento e financiamento para projetos de P&D.

ᅠEm um mercado cada vez mais competitivo, a inovação tecnológica deixou de ser um diferencial para se tornar um requisito de sobrevivência. No entanto, muitas empresas ainda associam inovação apenas a novas tecnologias ou funcionalidades complexas, negligenciando um fator crucial para o sucesso de qualquer produto ou serviço: o design e a usabilidade. Longe de ser apenas uma preocupação estética, o design centrado no ser humano é um pilar estratégico que impulsiona a competitividade, a satisfação do cliente e, consequentemente, o crescimento dos negócios. Empresas que compreendem essa dinâmica estão mais preparadas para liderar seus setores e para aproveitar os mecanismos de fomento à inovação disponíveis no Brasil.
Um estudo da consultoria global McKinsey, intitulado “The Business Value of Design“, revelou uma forte correlação entre a maturidade em design e o desempenho financeiro. Empresas no quartil superior do McKinsey Design Index (MDI) registraram um crescimento de receita 32 pontos percentuais maior e um aumento 56 pontos percentuais superior no retorno total aos acionistas (TRS) em um período de cinco anos, em comparação com seus pares da indústria. Esses dados demonstram que o mercado recompensa de forma desproporcional as organizações que se destacam pela excelência em design, seja em produtos físicos, digitais ou serviços.
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Design como motor de inovação e competitividade
O design thinking, uma abordagem de inovação centrada nas pessoas, tem se consolidado como uma metodologia poderosa para o desenvolvimento de soluções que realmente atendem às necessidades dos usuários. Ao integrar as necessidades das pessoas, as possibilidades da tecnologia e os requisitos para o sucesso do negócio, as empresas conseguem criar produtos com maior valor agregado e melhor aceitação no mercado. No Brasil, onde a taxa de inovação da indústria apresentou queda nos últimos anos, segundo a Pesquisa de Inovação (PINTEC) do IBGE, investir em design e usabilidade pode ser o caminho para reverter essa tendência e aumentar a competitividade.
O impacto do design vai além da satisfação do cliente. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedesign), o setor movimentou R$ 17,8 bilhões em 2022, empregando cerca de 250 mil pessoas e se consolidando como um eixo estratégico da economia criativa. Empresas líderes em design relatam benefícios como maior participação de mercado (41%) e vantagem competitiva (46%).
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Conectando design, P&D e fomento à inovação
No Brasil, o investimento em design e usabilidade pode ser enquadrado como Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), abrindo portas para importantes incentivos fiscais e linhas de financiamento. Instrumentos como a Lei do Bem (Lei nº 11.196/05), e programas de fomento do BNDES e da Finep, podem ser utilizados para financiar projetos que envolvam a melhoria da experiência do usuário, o desenvolvimento de interfaces mais intuitivas e a criação de produtos mais ergonômicos e eficientes.
Para André Maieski, sócio da Macke Consultoria, “muitas empresas não percebem que o aprimoramento do design de um produto ou a otimização da usabilidade de um software são atividades de inovação tecnológica elegíveis para incentivos. Nosso papel é ajudar essas empresas a estruturar seus projetos de forma a evidenciar o caráter inovador dessas atividades, conectando-as às oportunidades de fomento alinhadas com a Nova Indústria Brasil. O design não é um custo, é um investimento com alto potencial de retorno, que pode e deve ser financiado.”
A chave para acessar esses recursos é demonstrar o avanço tecnológico e a novidade da solução. Isso pode incluir a aplicação de novos materiais, a criação de interfaces homem-máquina mais eficientes na indústria 4.0, o desenvolvimento de dispositivos médicos com usabilidade aprimorada para reduzir erros, ou a concepção de sistemas embarcados no setor automotivo que melhorem a segurança e a experiência do motorista.
Brendo Ribas, sócio da Macke Consultoria, acrescenta: “Ao preparar um pleito para a Lei do Bem ou para uma linha da Finep, é fundamental quantificar os ganhos obtidos com o novo design. Isso pode ser feito através de testes de usabilidade, que medem a redução no tempo de execução de tarefas, a diminuição da taxa de erros ou o aumento na satisfação do usuário. Esses indicadores transformam a percepção subjetiva de ‘melhor design’ em dados concretos de inovação, fortalecendo o projeto perante as agências de fomento.”
O papel da consultoria especializada
Navegar pelo ecossistema de fomento à inovação e estruturar projetos que articulem design, tecnologia e estratégia de negócio exige conhecimento especializado. A Macke Consultoria, com mais de 15 anos de experiência e R$ 2 bilhões movimentados em 2024, atua como um elo entre as empresas e as oportunidades de financiamento, auxiliando na identificação de projetos elegíveis e na preparação da documentação técnica necessária.
Com uma equipe multidisciplinar e uma abordagem orientada à execução, a Macke Consultoria apoia empresas de diversos setores, como automotivo, agronegócio, tecnologia e saúde, a transformar seus investimentos em design e usabilidade em projetos de inovação bem-sucedidos e financeiramente viáveis. Em um cenário onde a experiência do usuário é cada vez mais decisiva, contar com um parceiro estratégico para alavancar a inovação através do design é um passo fundamental para o crescimento sustentável.