BNDES e Finep já investiram R$ 11,3 bi em saúde desde 2023

O setor de saúde brasileiro está vivendo um período de crescimento sem precedentes no acesso a crédito público para inovação, produção e ampliação de serviços. Entre janeiro de 2023 e junho de 2025, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) aprovaram R$ 11,3 bilhões em financiamentos para o setor. Trata-se de um volume 94% superior ao total aprovado entre 2019 e 2022, que foi de R$ 5,8 bilhões.

Esse impulso recente consolida uma virada histórica: somente em 2024, as duas instituições aprovaram R$ 6,6 bilhões em crédito para a saúde — o maior valor da série histórica iniciada em 1995. Já nos seis primeiros meses de 2025, o total de aprovações chegou a R$ 1,7 bilhão, superando todo o valor aprovado durante o ano de 2022, que havia sido de R$ 1,3 bilhão.

O papel da Nova Indústria Brasil (NIB)

Esse salto nos investimentos é resultado direto da política industrial Nova Indústria Brasil (NIB), lançada pelo Governo Federal. A NIB visa fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e promover a soberania sanitária, com destaque para o desenvolvimento nacional de medicamentos, vacinas, princípios ativos biológicos, terapias avançadas e dispositivos médicos.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, os financiamentos apoiados pela NIB estão sendo direcionados para ampliar o acesso da população à saúde e reduzir as vulnerabilidades estruturais do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para o presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, o avanço da NIB demonstra o compromisso do Governo Lula com a autonomia do país no setor. A meta estabelecida é elevar a produção nacional de insumos estratégicos — como medicamentos, vacinas e equipamentos médicos — de cerca de 45% para 50% até 2026, com projeção de alcançar 70% até 2033.

Caminhos para as empresas inovadoras

Esse cenário representa uma oportunidade concreta para empresas que atuam ou pretendem atuar no setor de saúde com foco em inovação, produção nacional e tecnologias de ponta. Os recursos públicos estão mais acessíveis e conectados com políticas industriais de longo prazo, o que amplia a previsibilidade e reduz riscos para os investidores.

Na Macke Consultoria, acompanhamos de perto esse movimento e apoiamos empresas que desejam acessar esses recursos com segurança e estratégia. Atuamos na identificação de oportunidades, estruturação de projetos e conexão com as principais fontes de fomento à inovação no Brasil.

Materiais relacionados

Lei do Bem: 20 Anos de inovação e o F=futuro do financiamento no Brasil

Uma análise sobre a evolução da Lei do Bem de 2005 a 2025, os R$ 296 bilhões investidos e as [...]

P&D Contratado vs. P&D Interno: Vantagens e desvantagens de cada modelo no contexto dos incentivos fiscais

A decisão entre desenvolver tecnologia com equipes próprias ou buscar parceiros externos é um dilema estratégico que impacta diretamente os [...]

Propriedade Intelectual em Projetos Financiados: Como proteger patentes e segredos industriais

Em um cenário de inovação acelerada, proteger os ativos de propriedade intelectual gerados em projetos financiados pelo BNDES, Finep ou [...]

Dispêndios operacionais na Lei do Bem: Como classificar e comprovar despesas com pessoal, materiais e serviços

A Lei do Bem é o principal instrumento de incentivo à inovação no Brasil, mas a correta classificação e comprovação [...]